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Monte Mor,18/11/2024

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Há um ano, tentaram um golpe em Brasília; “patriotas" falharam e democracia persiste

Para nossa sorte, golpistas eram desprovidos de um mínimo de inteligência


Há um ano, tentaram um golpe em Brasília; “patriotas Foto: Eduardo Reis/ TV Senado

Chorei, naquele 8 de janeiro de 2023, ao ver na TV as imagens da depredação provocada pelos vândalos que invadiram os prédios públicos em Brasília, em busca de um golpe de Estado. Vestidos de verde e amarelo e, curiosamente, se autointitulando “patriotas”, os covardes fizeram um quebra-quebra inédito, destruindo obras de arte, estruturas, paredes de vidro. Uma ode à ignorância. 

Passado um ano, é reconfortante ler as análises e reportagens sobre o assunto, dando conta da resposta rápida do Poder Judiciário e da inevitável conclusão a que chegamos, ao contemplar o assunto com certo distanciamento: sim, por muito pouco, o Brasil não sofreu um golpe de Estado, mas a nossa frágil democracia, combalida, sobreviveu bem a mais essa tentativa de uma nova ditadura.

Porque, gente, é disso que estamos falando, sejamos sinceros. Estamos falando de uma tentativa organizada, planejada e financiada, visando instalar, em solo brasileiro, mais um retrocesso democrático que levaria à supressão das nossas liberdades individuais. Tentativa essa que contava, inclusive, com o apoio de parte das Forças Armadas, da classe política e do empresariado covarde.

Sorte nossa é que, ao que parece, os “patriotas golpistas” eram um tanto quanto atrapalhados, caricatos e até mesmo desprovidos de um mínimo de inteligência. A certeza de impunidade era tamanha que, pasmem, filmaram as próprias ações criminosas, transmitindo-as, ao vivo, pelas redes sociais. Muito parecido com as ações de um certo ex-presidente da República, ex-militar também.

Ontem, a GloboNews exibiu documentário de Julia Duailibi e Rafael Norton, sobre o assunto. Nos depoimentos, chama a atenção as falas que associam a expectativa de certos militares com a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mecanismo que, em tese, tiraria o comando das mãos do presidente Lula, abrindo, assim, margem para o retorno da ditadura, algo sonhado por tantos.

Parece que resistimos até aqui. Seja pela burrice dos vândalos, pela frágil organização da tentativa de golpe, pelo altruísmo de Janja, a primeira-dama, que teria dito “GLO é Golpe”, rechaçando essa hipótese e direcionando para a decisão tomada, de mera decretação de intervenção federal na segurança pública do DF, àquela ocasião comandada por um ex-ministro do ex-presidente golpista.

GALDINO.BLOG deseja vida longa à democracia brasileira. Para que, nesse sentido, nossas fragilidades de educação sejam sanadas, e, com um povo educado, o apego à truculência seja menos frequente. Para que, com uma democracia forte e saudável, entendamos, de uma vez por todas, que o respeito às instituições é necessário e que a ditadura precisa ser rechaçada, sempre, sempre, sempre. 





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